De vez em quando, eu me pergunto o que havia acontecido com meus amigos da infância. Havia cinco anos, eu busquei na internet e não encontrei meu amigo Steve Lxxx. Este ano, eu busquei de novo e encontrei-o nas noticias da cidade de Toledo. O ano passado, ele se fez condenado para pornografia infantil. No momento, ele faz uma pena de dez a vinte-cinco anos na prisão. Eu não podia acreditar, mas eu reconheci sua cara nas fotos da noticia. De fato, havia varias fotos dele na internet. Havia quatro anos, ele se presentou como candidato pelo conselho nas eleições municipais. Perdeu. Havia três anos, se presentou como candidato de juiz nas eleições regionais. Perdeu. Aquelas eleições presentaram suas fotos na internet. Eu não tenho duvida de que era ele. Eu não vi aqueles artigos sobre ele antes porque eu vivia numa outra cidade.
Eu perdi contato com Steve quando entrámos no colégio. Eu me lembro de que ele me disse que era mais velho do que eu. Eu não acreditava. Estávamos nas mesmas classes na escola de primeiro grau. Frequentemente, Steve me recontava historias para gabar-se. Eu achava que aquela era uma delas. Verdadeiramente, ele tinha três anos mais que eu. Seus pais o impedia de ir para a escola quando tinha entre cinco e oito anos. Eles o ensinaram na casa com um curso religioso. Ensinaram-no os básicos de ler, de escrever, da matemática, e claro, dos evangelhos de Cristo. Desde que era contra a lei de não ir para a escola, o estado forçou seus pais a matricula-lo na escola. Porém, ele não recebeu credito por seus anos estudando na casa. Foram anos de educação perdidos. Por isso, ele estava nas mesmas classes que eu.
Sim, sua família era muita religiosa. O pai dele não queria que Steve fizesse amigos com meus amigos e eu, porque éramos pagãos que não frequentavam uma igreja. Não obstante, Steve nos tinha como amigos. Como ele disse mesmo, se dependesse do seu pai, ele nunca teria amigos. Steve não se achava melhor do que nós. O pai dele, sim. Sua família era muito protetora e controladora. Steve tinha de seguir uma rotina muita disciplinada. Ele não podia sair quando queria nem fazer o que queria. Steve tinha uma irmã mais velha que podia fazer qualquer coisa. Ela saia com as amigas tarde a noite; tinha namorado, etc. Aquele tratamento desigual era a base das muitas disputas entre Steve e seus pais.
A irmã de Steve só tinha um ano mais que ele, mas ela estava quatro anos mais avançada na aula porque Steve começou a escola tarde. Era meia-irmã e isso pode explicar porque recebia tratamento mais liberal do que Steve. Steve era o bebe muito mimado da família. O pai dele não tralhava porque tinha problemas de saúde. Disseram que teve um ataque cardíaco e o coração dele não funcionava bem. Eu tinha duvidas. Eu suspeitava que ele bebesse bastante. A mãe dele suportava a família. Trabalhava dias longos. Era o pai que cuidou da educação de Steve. Principalmente, era ele que impedia Steve de ir para a escola e que o ensinou na casa quando era jovem.
Após do primeiro ano do colégio, Steve parou de ir à aula. Obteve o diploma colegial tomando o exame depois que tomara classes nas noites. Tanto melhor por ele porque tinha 18 anos naquele ano. Assim, ele terminou o colégio três anos mais cedo do que eu. Eu não sabia. E sua ausência do colégio explicou parcialmente porque eu perdi contato com ele. Também, eu saia com outros amigos muito pagãos. Steve não gostaria de estar visto com eles. Steve se parecia ser inteligente e disciplinado. Eu não. Matriculou-se a universidade, e quatro anos mais tarde foi diplomado no bacharel. Continuou na universidade de lei. Oito anos mais tarde, foi diplomado doutoral de lei.
Steve tinha muito sucesso na vida. Tinha uma carreira boa, seu escritório próprio, e eventualmente seu negocio próprio. Ele disputava bem nos tribunais e ganhava um salario bom. Porém, nunca tinha namorada nem namorado. Ficava perto da sua família. Sua irmã achava que ele estivesse homossexual que não queria sair do armário porque sua família nunca o aceitaria. Ele comprou uma casa e ficava solteiro.
O vizinho de Steve tinha a janela da sala de jantar próxima à janela da sala de estar de Steve. Um dia, o vizinho dele enxergou pela janela e ele viu Steve vendo um filme de pornografia infantil masturbando-se. O vizinho chamou a policia. O advogado bem-sucedido foi no tribunal como um réu. Eu me perguntei, por quê? Ele tinha muitos filmes pornográficos na sua casa. Não era uma fantasia de passagem. Era o passatempo dele. Alguns eram filmes rapés onde podia ver estupros de crianças torturados. Era bastante para fazer vomitar qualquer pessoa.
Na prisão Steve tem de seguir uma terapia. Em uma sessão, ele explicou, como uma escusa talvez, que era abusado sexualmente pelo seu pai quando tinha entre cinco e oito anos. O pai dele cuidava dele sozinho quando a sua mãe trabalhava e sua irmã estava na escola. Sua educação escolar em casa que seu pai deu-lhe incluía abuso sexual. Enquanto adolescente, ele disse a sua família que foi abusado, mas sua família não acreditava. Seu pai negou, e sua mãe achava que ele disse isso para ferir seu pai porque disputavam muito. Claro, tem de escutar e de acreditar as crianças quando fazem tais declarações. As aparências nunca são certas.